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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Romance quente em noite fria

O frio que faz esta noite, o som da chuva caindo lá fora, a perspectiva da cama macia e do aconchego do cobertor. O que você pensa em fazer na cama quando a hora da cama chegar? Sim, esqueci-me de dizer, você está acompanhado.

Existem coisas ótimas, prazeres intensos, que a gente (eu pelo menos) não quer todo dia. Cada um tem sua lista: talvez um filé au poivre, uma taça de sorvete de flocos, ou uma torta de morango com chantilly e um expresso. Piscina, praia, viagem de férias. Roupa nova, sapato novo, hotel bacana. Sexo. Não necessariamente nesta ordem.

Mas também existem prazeres dos quais eu não canso. Amores mais serenos e  menos espetaculosos, porém (ou talvez por isso mesmo) eternos: café com leite, pão francês quentinho com manteiga derretendo, feijão com arroz. A cama da gente na casa da gente. E uma boa leitura antes de dormir. Mesmo depois do sexo.


Saber que existe pelo menos meia dúzia de livros ótimos pacientemente me aguardando empilhados na mesa de cabeceira, além daquele ao qual por ora dedico, dá-me a sensação boa de prazeres ainda não gozados, mas cujo gozo antecipo. Permito-me infidelidades: ter uma leitura oficialmente em mãos, enquanto mantenho relações paralelas e fugazes com mais uma ou duas, às quais me entregarei (quase) por inteiro oportunamente. Os livros não são ciumentos. Cada fim de romance clama por outro e mais outro. E dessa relação entre lençóis a cada noite, não me canso nunca.

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